Esta nova Unidade de Serviços Especializados do Politécnico do Porto, criada com o objetivo de estudar, monitorizar e apoiar o desenvolvimento das competências da população adulta, surge quando Portugal é apontado como o segundo país da OCDE com os índices mais baixos de literacia e numeracia, em que cerca de 40% da população em idade adulta (25-64 anos) tem dificuldades em interpretar textos simples e realizar operações matemáticas básicas.
O OCA irá produzir conhecimento rigoroso sobre necessidades de qualificação, tendências de evolução das competências e impactos de políticas públicas relacionadas com educação e formação ao longo da vida. “Este Observatório faz a monitorização e avaliação do que devem ser as competências a desenvolver pelos adultos, vocacionadas para o que o mercado de trabalho precisa”, destacou Paulo Pereira, presidente do Politécnico do Porto.
A formação de adultos assume um papel central no âmbito do Programa PESSOAS 2030, como são exemplo disso os Centros Qualifica, uma das Operações de Importância Estratégica reconhecidas pelo Programa. O vogal executivo do Programa, Joaquim Bernardo, participou na sessão de inauguração do OCA com uma intervenção no painel subordinado ao tema do papel do ensino superior no desenvolvimento das competências dos adultos.
A aprendizagem ao longo da vida é essencial para garantir que os adultos conseguem adaptar-se às exigências do mercado de trabalho e melhorar a sua empregabilidade, participando de forma mais plena numa sociedade mais coesa e inclusiva e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país.
Esta nova Unidade de Serviços Especializados do Politécnico do Porto conta já dois projetos iniciais: um estudo sobre o desajustamento e a depreciação de competências de jovens adultos em Portugal, apoiado pelo programa Science4Policy do PLANAPP, e a avaliação da implementação do Programa Impulso Adultos no próprio Politécnico, no âmbito do PRR.