Na entrevista, Ana Coelho destacou que o programa, que conta com 5,6 mil milhões de euros do Fundo Social Europeu Mais (FSE+), apresenta uma boa taxa de execução, atingindo já mais de 700 milhões de euros executados. Esse desempenho deve-se, em grande medida, à estratégia de transição entre quadros comunitários adotada e que permitiu lançar concursos no âmbito do período 2021-2027 ainda durante o Portugal 2020.
A gestora enfatizou a importância da fusão dos programas operacionais do período de programação anterior (POCH, POISE e POAPMC) no PESSOAS 2030. Para Ana Coelho, esta integração trouxe coerência estratégica, ao alinhar políticas relacionadas com emprego, qualificações e inclusão social num único programa, permitindo intervenções mais integradas e multissetoriais.
A entrevista também abordou a simplificação dos processos de acesso aos fundos, uma prioridade do PESSOAS 2030. Ana Coelho destacou a adoção de custos simplificados como uma das principais ferramentas para reduzir a burocracia, promovendo maior acessibilidade para as entidades beneficiárias. Contudo, ela alertou para a necessidade de um equilíbrio entre simplificação e rigor, para mitigar riscos como fraude e corrupção.
Por fim, Ana Coelho expressou otimismo quanto ao encerramento dos programas POCH, POISE e POAPMC que está a decorrer conforme planeado, com uma taxa de execução de 100%. Os últimos pedidos de pagamento à Comissão Europeia foram submetidos entre agosto e setembro. Apesar de possíveis ajustes decorrentes de auditorias, não se antecipam dificuldades, e os resultados financeiros e físicos foram alcançados.
A gestora considera que o PESSOAS 2030 é um programa robusto e bem preparado para enfrentar os desafios futuros, mantendo o foco na promoção do emprego de qualidade, no aumento das qualificações e na inclusão social.
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